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Resumo: Magnetitas do tipo Fe3-xMxO4 (onde M = Mn ou Mg) dopadas com diferentes proporções de Mn ou Mg foram sintetizadas e caracterizadas por espectroscopia Mössbauer, difratometria de raios-X (DRX), análise termogravimétrica (TG), calorimetria diferencial de varredura (DSC) e redução a temperatura programada (RTP). Os dados Mössbauer e DRX confirmam a incorporação tanto de Mn como de Mg na estrutura das magnetitas. As amostras contendo Mn foram testadas em reações de: oxidação de CO em fase gasosa e oxidação de clorobenzeno em fase líquida na presença de H2O2. As amostras contendo Mg foram testadas apenas em reações de oxidação de CO. Durante a oxidação de CO, observou-se que com o aumento da temperatura as magnetitas sofrem as seguintes transformações Fe3O4 (magnetita) g-Fe2O3 (maghemita) a-Fe2O3 (hematita). A presença de Mn na estrutura diminui significativamente a temperatura da transição maghemita hematita enquanto o Mg tem um efeito oposto, tendendo a estabilizar a fase maghemita. A baixas temperaturas, a fase magnetita mostra a maior atividade catalítica para a oxidação de CO comparada às fases maghemita e hematita. A altas tempreaturas a fase mais estável nas condições de reação é a hematita que mostra alta atividade para a oxidação de CO. Um mecanismo do tipo Mars-van Krevlin envolvendo espécies superficiais Fe+2 e Fe+3 durante a oxidação de CO é proposto. As magnetitas contendo Mn foram testadas também na oxidação de clorobenzeno em meio aquoso na presença de H2O2. Observou-se que a presença de Mn na magnetita favorece a conversão de clorobenzeno. As amostras mostraram-se também ativas para a decomposição de H2O2. Estudos mecanísticos sugerem que as reações procedem através de radicais livres que são formados a partir de H2O2 na superfície das magnetitas que levam à oxidação do composto orgânico ou à decomposição da H2O2.