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Resumo: Na contínua busca de metaloporfirinas como catalisadores em potencial, cujos macrociclos sejam estáveis durante o processo oxidativo e também eficientes, surgiram novas porfirinas com substituintes dos mais variados, tanto nas posições meso (5, 10, 15, 20) como nas posições b-pirrólicas do anel porfirínico. A per-halogenação destes macrociclos deu origem às metaloporfirinas de terceira geração, propiciando um aumento da estabilidade destes catalisadores frente à degradação oxidativa, tanto por efeito eletrônico como por efeito estérico. O objetivo desse trabalho é obter uma porfirina de terceira geração a partir da bromação das posições b-pirrólicas da meso-tetraquis(4-carbometoxifenil)porfirina (H2TCMPP) para utilizá-la como catalisador nos processos de transferência do átomo de oxigênio a substratos orgânicos. A porfirina neutra meso-tetraquis(4-carbometoxifenil)porfirina (H2TCMPP) foi obtida, inicialmente, através da metilação da H2TCPP com diazometano a qual foi caracterizada por RMN1H (CDCl3, 12H, CH3: d=4,11 ppm). A porfirina H2TCMPP foi, então, bromada com NBS e caracterizada por espectroscopia eletrônica UV-vis, obtendo-se um deslocamento da banda Soret para o vermelho de 48 nm, correspondente a 6 nm por átomo de bromo introduzido ao anel, em concordância com os trabalhos prévios descritos na literatura1,2. A per-halogenação foi confirmada através de espectroscopia de RMN1H (CDCl3), onde não foram detectados os 8 H b-pirrólicos presentes na H2TCMPP. Após metalação com manganês, foram realizadas reações de hidroxilação do cicloexano ( 43,2 %) e epoxidação do cis-cicloocteno (91,0 %) catalisadas por esta metaloporfirina per-halogenada (MnBr8TCMPPCl) em sistemas homogêneos, utilizando iodosobenzeno como doador de oxigênio, em diclorometano, como estudos preliminares. Foram obtidos resultados interessantes e promissores, que comprovaram a maior estabilidade do anel porfirínico frente ao meio oxidante, de acordo com o previsto.